quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Majestade do samba

Ela é a rainha em Oswaldo Cruz e Madureira;
É lá que mora o samba - arte pura e verdadeira!
Bela a exibir-se na avenida sem vaidade,
Ei-la que é do sama a senhora majestade.
Dela o manto azul que nos protege e nos guia,
Vela por nossa paz (deusa do amor e da alegria);
Vê-la é como estar aos pés da Santa Aparecida,
Portela, tu és a razão da minha vida.

Berço dos mais lindos sambas que o mundo cantou,
Tens um celeiro de bambas para o teu louvor.
Dona da mais linda história de mil carnavais,
És recheada das glórias dos teus ancestrais.

Se não foi lá que nasceu,
Foi onde o samba cresceu
E se tornou de um país
Sua genuína voz.
Minha Portela adorada,
Meu peito é tua morada,
Que tu foste coroada
Rainha por nós.

Segredo

Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
És a razão final de toda vida!
Não há maior riqueza escondida,
Nem da maior doença a própria cura.

Quer-te o homem mais que à existência;
Buscam saber os sábios e alquimistas
Como a mulher se esconde às nossas vistas,
Engana credos, bruxos e ciência.

Preciso amar é para entendê-la.
Dissimulado, o veio feminino
Se mostra só para o audaz menino;

Naquela hora em que se vê estrela
Quando se veste enfim a vil mortalha:
Perde-se a vida, ganha-se a batalha!