Alcova eterna
O que é a morte enfim: é fim ou recomeço?
É ponte? É passo? É salto? É vôo? É tudo ou nada?
É precipício? É céu? É cais? Beco ou estrada?
Será que é nada mais que vida pelo avesso?
Quem é essa mulher que espreita e se insinua;
Atrai se é dos outros fugaz namorada,
Em quem ninguém resiste a dar uma espiada
Quando se oferece fácil, quase nua?
Libidinosa, lúbrica, insaciável,
Se leva à alcova eterna um, quer outro amante,
Por isso fogem dela como o diabo à cruz.
A não ser quando isso se torna inevitável.
Deitar-se-ão com ela em leito inebriante
Todos. Pra sempre enfim quando ela apaga a luz
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