A lua semi-nova como guia
Clareava meu caminho lá do alto;
Atrás, a sombra – muda! – me seguia
A arrastar-se submissa no asfalto.
Para espantar o medo e o vento frio,
Cerrei em volta os braços por muralha
Do corpo. Que ambos davam-me arrepio
E me cortavam a alma qual navalha.
Sentia-me a mercê de algum mal súbito
Perigo aos que desafiam a madrugada
Que engana e esconde em sombra o ferro em brasa.
Já me via estirado em decúbito
Antes que se encerrasse essa jornada
E chegasse enfim a salvo a minha casa.
Um comentário:
Beleza de poesia....
Continue este excelente trabalho...
Aurelio Boelter GETI
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