Seiva bruta
O que é o ser humano sem a rica
Seiva que lhe cobre o corpo inefável
E a toda parte a vida comunica
E força leva a tudo incansável?
Como viver sem água? Assim, sem ela,
A vida perde a luta, e deixa a terra
(motor sem combustível, nau sem vela)
O corpo aos poucos perde o gás e emperra.
Já quase secos, agonizam os rios,
Encalham impotentes os navios –
Em redor espalham-se sinais da cruz
Assim é o corpo sem sangue, sem tinta –
Ele que com a cor da vida pinta
E ao homem são cobre com a sua luz.
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