Injustiça
Terreno fértil às injustiças é
O futebol. Nele a falta de sorte
Põe a perder num lance a glória e até
Leva à loucura, ao desespero, à morte.
Não basta ser um time o melhor:
Há que se ter fortuna e alguma ajuda
Divina, extra-campo, ou só
Um bandeirinha que sozinho muda
De um campeonato todo o resultado,
Ao não seguir a lei do impedimento,
Ou dar um pênalti que inexistiu.
Resta a quem perde a dor de ser lesado
Como eu confesso e grito: não agüento!
Vá, juiz, pra puta-que-o-pariu!
Um comentário:
Creio que esta derrota a qual está se referindo não é face a JUSTA vitória do impecável aristocrático tricolor das Laranjeiras. Porque o futebol, arte das injustiças por vez, é a história da imperativa vitória. E está, como dizia Nelson PAPA Rodrigues, pertence ao Fluminense desde o tempo sem início; desde o Big-Bang do Universo; desde que Moises ouviu de D'us "o Fluminense é o time ELEITO"; desde que a galhardia tricolor foi apresentada aos templos sagrados do esporte bretão!
Reverencio a qualidade de seus sonetos, canções e poesias. E até faço coro para defender o querido alvinegro. Mas compreenda que não há, nem nunca haverá, injustiça em um alvinegro perder para um tricolor, mais colorido, mais alegre, mais vibrante, mais numeroso: Três listras contra duas!
Forte abraço, querido Professor e amigo
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